Na última sexta-feira (17), a Suprema Corte dos EUA negou ao TikTok o pedido de adiamento da proibição, que está prevista para entrar em vigor em 19 de janeiro, segundo uma decisão judicial obtida pela Sputnik. A empresa argumentou que a proibição violaria a liberdade de expressão garantida pela Constituição dos EUA. Trump assumirá o cargo em 20 de janeiro.
A Casa Branca afirmou que a decisão final sobre o futuro da rede social chinesa nos EUA deve ser tomada pela nova administração liderada por Trump devido ao prazo para a proibição entrar em vigor. Trump respondeu às decisões da Suprema Corte e da Casa Branca dizendo que tomaria sua própria decisão.
"Eu acho que isso seria, certamente, uma opção a ser considerada. A extensão de 90 dias é algo que provavelmente será feito, porque é apropriado. Sabe, é apropriado. Precisamos analisar isso com cuidado. É uma situação muito grande," disse Trump em uma entrevista à NBC News, acrescentando que a decisão final seria anunciada na segunda (20).
Em abril de 2024, o atual presidente dos EUA, Joe Biden, assinou uma lei que prevê a transferência do controle do TikTok para uma empresa norte-americana, sob ameaça de proibição da operação nos Estados Unidos, que poderia entrar em vigor já em 19 de janeiro. Segundo um documento obtido pela Sputnik, Trump pediu à Suprema Corte que adiasse a proibição da rede social chinesa para que ele pudesse resolver a disputa após assumir o cargo em 20 de janeiro.
O TikTok é um aplicativo com cerca de 170 milhões de usuários nos EUA que pertence à empresa chinesa ByteDance, lançado em 2018. A rede social tem sido alvo de intenso escrutínio por parte das autoridades norte-americanas, que temem que o governo chinês possa exigir dados dos usuários ou usar o aplicativo para espalhar propaganda.
A empresa proprietária do TikTok já manifestou repetidamente discordância com essas preocupações.