O analista elaborou que as conversas sobre a paz na Ucrânia entre os EUA e a Rússia são inevitáveis, mas há circunstâncias que poderiam tornar o processo mais complexo e controverso.
"As negociações [entre os líderes dos EUA e a Rússia] começarão. Sem dúvida. Aqui há a pergunta-chave: será que o conflito terminará após essas conversas? Tudo depende dos acontecimentos no contexto dessas negociações. [Donald] Trump, com certeza, tentará proteger os interesses do Ocidente, enquanto a Rússia defenderá seus sucessos na linha de frente", destaca o analista.
Além disso, Latifoglu sublinha que o fator crítico no processo de tentar pacificar a região será o tema da adesão da Ucrânia à OTAN.
"O ponto crítico é a adesão da Ucrânia à OTAN. A Rússia nunca aceitará isso. Talvez o assunto fique por resolver e seja esquecido. O Ocidente apenas não quer ser considerado o lado derrotado. No entanto, [o Ocidente] admite o sucesso militar da Rússia e entende que os territórios libertados já são russos", finalizou ele.
Anteriormente, o presidente dos EUA, Donald Trump, na entrevista ao canal de televisão NBC News, sublinhou que, com a nova administração em Washington, Kiev "talvez" não deva esperar o mesmo grau de ajuda militar norte-americana como na presidência de Joe Biden.
Por sua vez, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que está disposto a dialogar sobre o conflito ucraniano com Trump, mas ressaltou que o fim da crise deve ser uma paz duradoura e não um cessar-fogo temporário.