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Banco Central eleva juros básicos da economia para 13,25% ao ano

O Conselho de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou nesta quarta-feira (29) a Selic, taxa básica de juros, em 1 ponto percentual, de 12,25% para 13,25% ao ano.
Sputnik
Esta foi a primeira reunião com o presidente do BC, Gabriel Galípolo, na liderança do Copom. O motivo alegado para a decisão divulgada foi que o ambiente externo "permanece desafiador em função, principalmente, da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, o que suscita mais dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed [Banco Central dos EUA]", diz a nota do comitê.
Esse foi o quarto aumento consecutivo dos juros básicos neste ciclo iniciado em setembro do ano passado. No acumulado, a taxa já subiu 2,75 pontos percentuais e retomou o mesmo patamar de agosto de 2023.
Embora o objetivo principal da medida seja assegurar a estabilidade de preços, a decisão, segundo a instituição, também implica uma suavização das flutuações do nível de atividade econômica e do fomento do pleno emprego.

"Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, o comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião", acrescentou o BC em nota.

Ainda segundo o Banco Central, o comitê avalia que o cenário externo segue exigindo cautela por parte de países emergentes.
Já em relação ao cenário doméstico, o Copom avaliou que o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado dinamismo, mas as expectativas de inflação para 2025 e 2026 apuradas pela pesquisa Focus subiram, situando-se em 5,5% e 4,2%, respectivamente.

"A projeção de inflação do Copom para o terceiro trimestre de 2026, atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 4% no cenário de referência. Persiste uma assimetria no balanço de riscos para os cenários prospectivos para a inflação."

Entre os riscos, foram destacadas desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado, maior resiliência na inflação de serviços e conjunção de políticas econômicas externa e interna com impacto inflacionário maior que o esperado.

"[…] Por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada. […] Cenário menos inflacionário para economias emergentes decorrente de choques sobre o comércio internacional e sobre as condições financeiras globais", explanou o comitê.

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Além disso, justificou o banco, o cenário mais recente de elevação das projeções de inflação, a resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho "exigem uma política monetária mais contracionista".
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