Um problema de rede ou uma página em branco era a resposta ao tentar acessar o site usaid.gov em diversos países e dispositivos. Essa situação segue a ordem executiva do presidente Donald Trump, emitida no mês passado, para suspender e reavaliar a ajuda externa dos EUA. A ordem deixou muitos beneficiários, especialmente na África e na Ucrânia, em dificuldades.
O secretário de Estado, Marco Rubio, emitiu uma isenção para permitir certa "assistência humanitária que salva vidas", enquanto uma revisão de três meses é realizada para determinar quais, entre os milhares de projetos de ajuda externa dos EUA, estão alinhados com a visão de Trump.
A USAID, que oferece suporte para uma ampla gama de projetos, desde iniciativas humanitárias até programas de saúde e assistência em desastres, tem seus programas frequentemente integrados às principais prioridades da política externa, como ajudar na transição energética dos países, competir com a China em projetos de infraestrutura e combater a influência de Moscou e Pequim para garantir a manutenção da influência e hegemonia norte-americanas.
Sob a administração Biden, os EUA e seus aliados do G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) concordaram com várias iniciativas para competir com o vasto programa de infraestrutura da China e sua influência global, que se estende da África à América Latina e Ásia. No entanto, a nova administração de Donald Trump vê a ajuda externa como caridade e não considera que ela atenda aos interesses geopolíticos dos EUA, afirmou um diplomata de um país do G7 à Bloomberg que preferiu falar em condições de anonimato.
A suspensão da ajuda externa dos EUA, especialmente em regiões como a África e a Ucrânia, tem causado grandes dificuldades para os beneficiários. A USAID oferece suporte crucial para projetos humanitários, iniciativas de saúde e assistência em desastres, e a suspensão desses fundos tem um impacto significativo.
A decisão de Trump de reavaliar a ajuda externa e a possível incorporação da USAID ao Departamento de Estado estão gerando preocupações sobre a eficácia e a independência da agência. A comunidade internacional está atenta aos desdobramentos, especialmente em relação ao impacto nas relações geopolíticas e na assistência humanitária global.