De acordo com dados do SVR, a Aliança Atlântica busca "se livrar do chefe do regime de Kiev, idealmente por meio de eleições pseudodemocráticas", que poderiam ser realizadas na Ucrânia até o terceiro trimestre de 2025.
Em um comunicado, a inteligência russa disse que a OTAN planeja revelar supostas irregularidades financeiras e militares ligadas a Zelensky e sua equipe.
As acusações incluem "a apropriação indébita de mais de US$ 1,5 bilhão [cerca de R$ 8,8 bilhões] para a compra de munição" e um plano para fraudar no exterior as alocações de "130.000 soldados ucranianos mortos que ainda estão listados como vivos". O serviço também menciona a suposta venda de equipamentos militares doados à Ucrânia para grupos em países africanos.
O mandato de Zelensky expirou em 20 de maio de 2024. As eleições na Ucrânia deveriam ser realizadas em 31 de março do mesmo ano. Entretanto, a lei sobre o regime jurídico da lei marcial proíbe explicitamente o processo eleitoral para chefe de Estado.
Ao mesmo tempo, a Constituição do país, que tem uma hierarquia jurídica superior, estabelece em seu Artigo 103 que o presidente é eleito para um mandato de cinco anos. O artigo 104 do documento estabelece que o chefe de Estado ucraniano, cujo mandato tenha expirado, poderá exercer seus poderes por no máximo 30 dias após o anúncio oficial dos resultados das eleições.
Como observou o presidente russo Vladimir Putin, com base em uma avaliação preliminar, as únicas autoridades legítimas na Ucrânia agora continuam sendo a Suprema Rada (parlamento) da Ucrânia e seu presidente. Nas suas palavras, se o país vizinho quisesse eleger legitimamente um presidente, seria necessário revogar a lei da lei marcial: a sua validade não significa que os resultados das eleições anteriores seriam prorrogados, uma vez que "não há nada sobre isso na Constituição".