"Minha mãe falou que meu avô estava muito doente, queria visitar o país por três meses, até mesmo para a gente poder aprender um pouco a língua, e ia voltar para o Brasil. Acabou fechando a fronteira, teve a primeira guerra, não soubemos voltar, acabei casando, tendo filhos. É meu destino estar agora em Gaza", disse Jidian.
"Aqui ninguém está aceitando [...] depois dessa morte toda, dessa resistência toda, depois de um ano e meio, eles [Ocidente] ainda também vão tentar controlar o Oriente, personalidades totalmente diferentes, culturas totalmente diferentes [...] as pessoas daqui não tão gostando nem um pouco da ideia".
'Genocídio em gaza é integralmente democrata'
"Biden, Kamala Harris, os democratas de modo geral, este é um genocídio integralmente democrata", afirmou. "Efetivamente, eles permitiram que Israel matasse até o último dia do mandato do [ex-presidente Joe] Biden. Os democratas são os grandes fiadores, patrocinadores, através de recursos em armamento, do que se chama de ajuda militar, da cobertura diplomática, dos vetos do Conselho de Segurança da ONU".
Holocausto palestino
"O cerne que guiou o projeto político sionista/israelense foi a construção de um Estado étnico. Então era a conquista da terra e a mudança demográfica, e a mudança demográfica se deu pela expulsão da população. Essa lógica nunca mudou", afirmou.
"O que o Trump, além do crime de guerra que ele propôs, está propondo [é] um negócio onde você vai investir nas ruínas de um outro povo que passou por um modo de extermínio durante os últimos dois anos, nessa fase mais recente", declarou Hartmman.
"Trump está rompendo com essa ordem [...] achar novos modos de intervenção e domínio e violência dos Estados Unidos sobre outros países", comentou ele. "Quando ele [Trump] ataca o Canadá, o México, quer a Groenlândia para ele, e agora ele fala que quer Gaza para ele, são alguns exemplos. Ele está abrindo várias frentes, nem que sejam frentes ainda retóricas e político-diplomáticas, que ainda não viraram frentes militares".