Ontem (5), um membro da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso) dos Estados Unidos, Al Green, disse que pretende propor o impeachment do presidente Trump.
De acordo com Green, Trump merece o impeachment por suas declarações e ações em relação à Faixa de Gaza.
Blokhin acredita que essas palavras do congressista não são algo que deva ser levado a sério.
Segundo o especialista, o objetivo da declaração de Al Green não foi realmente alcançar um processo contra Trump, mas só "manter a agenda anti-Trump na mídia".
"Na realidade, o impeachment só é possível com um consenso completo das elites – quando tanto os republicanos quanto os democratas estão prontos para livrar-se deste ou daquele político. Será que existe um consenso agora? Nada disso", disse o especialista.
Em sua avaliação, o Partido Republicano agora considera Trump, em geral, um líder que conquistou o apoio de grande parte da elite do país e tem boas relações com as empresas, o lobby israelense e o complexo militar-industrial dos EUA.
A situação no Congresso dos EUA, onde os republicanos têm a maioria em ambas as câmaras, também não é favorável ao impeachment, disse Blokhin.
Contudo, ainda há republicanos que nutrem sentimentos negativos em relação a Trump.
"Ele não passou por essa escada de carreira, convencionalmente falando, pela qual outros passaram – de pequeno político a participante do Congresso, para depois se tornar presidente. Ele simplesmente, vindo dos negócios, 'entrou de repente' e se tornou o presidente dos Estados Unidos. Isso é o que irrita muita gente", explicou.
Trump é o único presidente dos EUA que foi submetido a dois impeachments na Câmara dos Representantes, mas, em ambas as ocasiões, o Senado (câmara alta) não concordou.