Segundo informações veiculadas no Financial Times, o movimento interrompe "as esperanças" de que uma nova guerra comercial entre as duas economias globais pudesse ser evitada.
A decisão foi confirmada pela embaixada chinesa em Washington e ocorre após os EUA terem imposto uma taxa adicional de 10% sobre produtos chineses, em uma ação que o presidente Donald Trump chamou de "salva de abertura" para uma nova ofensiva comercial.
A medida de Pequim, visa principalmente as exportações norte-americanas de gás natural liquefeito, carvão, petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns produtos automotivos, com tarifas variando de 10% a 15%. Em comparação com as tarifas dos EUA, as ações da China foram inicialmente vistas como uma forma de abrir espaço para negociações, na tentativa de evitar um conflito comercial em grande escala.
No entanto, até o prazo final deste domingo, não havia informações sobre um possível acordo entre os dois países. De acordo com a embaixada chinesa, as tarifas entraram em vigor a partir das 12h01 de segunda-feira (horário de Pequim), o que corresponde às 11h01 de domingo em Washington DC.
Além das tarifas, a China também tomou outras medidas, incluindo o lançamento de uma investigação antitruste contra o Google, cuja plataforma de busca é bloqueada no país, e contra a Illumina, uma empresa norte-americana de biotecnologia. Pequim também colocou na lista negra a holding americana que controla as marcas de roupas Calvin Klein e Tommy Hilfiger.
A China também reforçou sua posição estratégica no controle da cadeia de suprimentos de terras raras, materiais essenciais em indústrias relacionadas à defesa, painéis solares, baterias de veículos elétricos e outros produtos de energia verde.