"Durante as últimas três semanas, os líderes da resistência observaram violações e descumprimentos, por parte do inimigo, dos termos do acordo […]. A esse respeito, a entrega dos prisioneiros sionistas que seriam libertados no próximo sábado, 15 de fevereiro, é adiada até novo aviso, até que as forças de ocupação assumam seus compromissos e compensem os danos", declarou em seu canal do Telegram o porta-voz do braço armado do Hamas, Abu Obeida.
Entre as violações cometidas por Israel, Obeida mencionou o atraso em permitir o retorno de moradores ao norte da Faixa de Gaza, disparos de armas de fogo contra civis e os problemas com a entrega de ajuda humanitária.
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, classificou a decisão do Hamas como "uma violação completa do acordo de cessar-fogo e de liberação de reféns".
Como parte da primeira etapa do acordo, que envolve a liberação de 33 reféns israelenses e cerca de mil prisioneiros palestinos em 42 dias, já foram conduzidas cinco trocas. Dessa forma, Israel já recebeu 21 reféns, incluindo cinco cidadãos tailandeses.
Desde 19 de janeiro, um cessar-fogo está em vigor na Faixa de Gaza, como parte de um acordo entre Israel e o Hamas para liberar prisioneiros israelenses em troca de prisioneiros palestinos. Mais de 48 mil palestinos e cerca de 1,5 mil israelenses foram mortos em 15 meses de conflito armado.
O conflito se alastrou para o Líbano e o Iêmen, e também desencadeou uma troca de ataques de mísseis entre Israel e o Irã.