Panorama internacional

Europa depende militarmente não só de seu aliado estadunidense, mas de seus adversários, diz mídia

As medidas dos países da União Europeia (UE) para fortalecer suas capacidades de defesa vão de encontro a vários obstáculos, os quais eles ainda não podem resolver, sendo muito dependentes de outros Estados, diz a agência Bloomberg.
Sputnik
Em meio às palavras provenientes da administração do presidente dos EUA, Donald Trump, tratando de que Washington não quer mais manter a defesa europeia, os políticos do Velho Mundo estão se preocupando muito com a questão das suas próprias capacidades de defesa.

O início de negociações diretas entre as lideranças russa e norte-americana só põe mais lenha na fogueira dos temores "de que os esforços da Rússia para enfraquecer a OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] e a UE estejam se intensificando", segundo o artigo.

Embora as locomotivas da UE, a Alemanha e a França estejam aumentando os investimentos na indústria de defesa doméstica, com a última pressionando por "autonomia estratégica" dos Estados Unidos, a dependência é muito alta:

"Quase 80% dos gastos com aquisições do bloco foram para o exterior entre meados de 2022 e meados de 2023, principalmente para os EUA", cita a agência um relatório sobre as compras no quadro da União Europeia.

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O artigo ressalta que, contra os investimentos em defesa europeus de € 10,7 bilhões (R$ 64,6 bilhões), os norte-americanos são de US$ 140 bilhões (R$ 807,8 bilhões).
A formação de um complexo industrial-militar omnieuropeu é impedida também pela diversidade de padrões e tipos de armamentos entre os diferentes países do bloco.
"As nações europeias operam 19 tanques de batalha principais em comparação com um dos Estados Unidos, [...] e a Marinha dos Estados Unidos navega em quatro tipos de fragatas ou destróieres, enquanto a Europa tem 27 modelos diferentes."
Além disso, o continente europeu não poderia recriar uma cadeia de produção plena, sendo dependente também dos suprimentos de matérias de "adversários potenciais", como a China.
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