"Essas discussões marcam um passo histórico para o Níger. Cada nigerino, onde quer que esteja, deve contribuir, pois elas dizem respeito à nossa sobrevivência como nação e aos nossos interesses comuns", disse Tiani na cerimônia de abertura da conferência.
Mais de 700 delegados, representando todos os grupos sociais e profissionais no Níger, bem como a diáspora, devem discutir a futura estrutura do país até 19 de fevereiro. Eles apresentarão suas decisões a Tiani dentro de três semanas após o término da conferência.
"Instruo o governo a continuar seus esforços para envolver ainda mais nossos compatriotas implementando mecanismos inovadores para garantir um diálogo nacional inclusivo e participativo."
"Elas [as discussões] devem ser uma estrutura para um trabalho construtivo, visando unir os nigerinos em torno dos ideais de unidade, coesão social, justiça, segurança e progresso econômico e social. Garanto a todos que as propostas emergentes dessas discussões serão levadas em consideração e traduzidas em ações concretas após o recebimento do relatório final", enfatizou Tiani.
Em 26 de julho de 2023, o Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria (CNSP) depôs o presidente Mohamed Bazoum e suspendeu a ordem constitucional. Em agosto daquele ano, o líder interino general Abdourahamane Tiani, afirmou que convocaria uma conferência nacional para discutir uma nova constituição e a instituição de um novo governo civil.
A mudança de governo no país não foi bem aceita pelos demais países da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que ameaçaram uma invasão territorial para reinstituir Bazoum na presidência.
A iniciativa intervencionista motivou a criação da Aliança dos Estados do Sahel e, em subsequência, sua confederação. Através dela, Níger, Mali e Burkina Faso se comprometeram a um pacto de defesa mútua e anunciaram sua saída da CEDEAO