O estudo foi realizado em um laboratório na cidade de Guangzhou, na província de Guangdong, no sul da China, por cientistas da Academia de Ciências de Guangzhou, Universidade de Wuhan e Instituto de Virologia de Wuhan.
Os cientistas identificaram uma nova espécie do vírus HKU5 em um morcego de Hong Kong.
O vírus pertence a um subgênero de merbekovírus, como o que causa a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS).
De acordo com os pesquisadores, o vírus identificado é capaz de se ligar à enzima conversora de angiotensina humana (ACE2), o mesmo receptor usado pelo vírus Sars-CoV-2 que causa a COVID-19, para infectar as células.
Os pesquisadores também observaram que os merbekovírus de morcego representam um alto risco de disseminação entre os seres humanos, seja por transmissão direta ou por meio de hospedeiros intermediários.
Os cientistas acrescentaram que é necessário um monitoramento mais rigoroso do vírus, embora sua capacidade seja "significativamente menor" do que a da COVID-19, e o risco de o HKU5-CoV-2 aparecer na população humana "não deve ser exagerado".
Em março de 2021, a Organização Mundial da Saúde publicou o relatório completo da equipe internacional de especialistas da organização em uma visita a Wuhan para determinar a origem do coronavírus, no qual os especialistas classificaram o vazamento do laboratório como "altamente improvável".
O relatório também afirmou que o novo tipo de coronavírus foi provavelmente transmitido aos humanos por morcegos por meio de outro animal.