"Recebemos 176, e eram 177. Um ficou para trás, não sabemos o motivo. Chegaram 176 jovens, nós os salvamos do inferno da base naval de Guantánamo, que os EUA mantêm ilegalmente em território cubano. Nós os salvamos do inferno!", declarou Maduro durante uma transmissão do canal estatal Venezolana de Televisión.
Na última quinta (20), a Venezuela recebeu um voo com 176 cidadãos deportados dos Estados Unidos, após o governo de Honduras facilitar a repatriação. Os venezuelanos foram transportados de Guantánamo para o país da América Central e, em seguida, repatriados pelo governo venezuelano.
"Aqui estão os jovens, recebendo atendimento integral. Aqueles que tiverem pendências com a Justiça serão tratados de acordo com as leis venezuelanas e a Constituição", acrescentou Maduro.
Além disso, o presidente denunciou que setores externos estão tentando promover uma narrativa sobre o grupo criminoso Tren de Aragua, que Maduro afirmou ter sido desmantelado pelas autoridades venezuelanas.
"Eles contam que os mantinham em masmorras, sem ver a luz do sol, sob maus-tratos constantes, acusando-os vergonhosamente de serem membros do Tren de Aragua, quando nós já derrotamos o Tren de Aragua aqui [...]. Agora, tentam inventar uma desculpa para justificar uma série de agressões contra a Venezuela", disse Maduro.
O governo venezuelano afirmou também que solicitou a repatriação do grupo após considerar que foram levados "injustamente" para a base naval de Guantánamo. A administração de Maduro também criticou a decisão das autoridades dos EUA de designar como "terroristas" várias organizações, incluindo o extinto Tren de Aragua.
A facção criminosa surgiu no estado venezuelano de Aragua e se expandiu por vários países da América do Sul, com presença na Colômbia, Peru e Chile.