O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse nas redes sociais que os prisioneiros palestinos seriam libertados "até que a libertação dos próximos reféns seja garantida e sem cerimônias humilhantes".
Israel deveria libertar os prisioneiros palestinos — a maioria dos quais foi detida antes do início do conflito após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 — como parte do sétimo e último dia de trocas de prisioneiros na primeira fase do cessar-fogo na Faixa de Gaza, que foi negociado há cinco semanas, no início do segundo governo Trump, com a mediação de seu país, Egito e Catar.
Cessar fogo
No dia 4 de fevereiro, durante o primeiro dia da visita oficial do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aos Estados Unidos, Donald Trump revelou suas intenções para a Faixa de Gaza e seus habitantes.
De acordo com o chefe do Executivo americano, o povo palestino que vive no enclave não tem outra opção senão deixar Gaza — destruída após 15 meses de bombardeios israelenses — e se transferir para o Egito e a Jordânia, algo que ambos os países rejeitaram de forma categórica, assim como a comunidade árabe e os próprios palestinos.
Um cessar-fogo está em vigor na Faixa de Gaza desde 19 de janeiro, após 470 dias de hostilidades, como parte de um acordo entre Israel e o Hamas para liberar reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos. Desde que a guerra eclodiu, em outubro de 2023, já foram mortos mais de 48 mil palestinos e cerca de 1,5 mil israelenses.