Segundo o artigo, o CSST, ou Xuntian na denominação chinesa, faz parte da geração de telescópios revolucionários:
o telescópio espacial Euclid, que foi lançado pela Agência Espacial Europeia em julho de 2023;
o telescópio Nancy Grace Roman da NASA estadunidense;
o Observatório Vera C. Rubin, uma enorme instalação terrestre construída no norte do Chile prevista para entrar em serviço neste julho.
O lançamento do novo telescópio espacial chinês é esperado em 2026, de acordo com a revista.
O equipamento vai ter um espelho com diâmetro de 2 metros. A óptica avançada do CSST vai lhe dar um campo de visão pelo menos 300 vezes maior do que o do Telescópio Espacial Hubble. Suas observações abrangerão o espectro de luz desde o ultravioleta próximo até o infravermelho próximo.
"Uma de suas principais missões será medir a chamada lente gravitacional fraca. A luz de galáxias distantes é levemente curvada em seu caminho até nós devido às curvaturas relativamente pequenas do espaço de todas as galáxias intermediárias", explica a publicação.
Além disso, o telescópio chinês vai estudar os vazios (as regiões vastas e vazias entre as galáxias) e os aglomerados (agrupamentos densos de galáxias), procurar supernovas e medir as oscilações acústicas de bárions (remanescentes dos tempos em que o Universo ainda era um plasma, bilhões de anos atrás).
Os cientistas esperam que esses dados vão facilitar a resolução da natureza misteriosa da matéria escura.
O CSST complementará os outros quatro telescópios de classe mundial, fornecendo assim acesso a diferentes regiões do Universo e a diferentes distâncias.