Panorama internacional

Lavrov chama 'Plano de Manutenção da Paz' da Europa para a Ucrânia de estratagema para rearmar Kiev

Para a Rússia, qualquer curso de ação envolvendo o envio de tropas de manutenção da paz europeias para a Ucrânia está fora de questão, disse o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, nesta quarta-feira (26).
Sputnik
"Não, não podemos considerar tais opções", disse Lavrov aos repórteres após as negociações em Doha.
A abordagem imposta pelos europeus, ou seja, França e Reino Unido, visa alimentar ainda mais o conflito e "injetar Kiev com armas novamente", acrescentou o chefe da diplomacia russa.
O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que acredita que a presença de forças de manutenção da paz na Ucrânia é necessária de uma forma ou de outra, mas o formato desta missão deve ser aceitável para todas as partes.
A Rússia não está bloqueando as negociações sobre a Ucrânia, disse Lavrov, enfatizando que a melhor maneira de resolver o conflito é entender suas causas-raiz.

"Estamos esperando que nossos colegas europeus parem de espalhar mentiras de que a Rússia está bloqueando as negociações. O presidente russo Vladimir Putin respondeu repetidamente a essas falsas alegações, apontando que a liderança ucraniana, instigada pela Europa, se recusa a negociar", disse Lavrov a repórteres após sua visita ao Catar.

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Lavrov observou que os políticos europeus afirmam que o conflito na Ucrânia deve ser resolvido por meios militares, em vez de negociações.

"Acreditamos que a melhor ajuda daqueles que sinceramente querem ajudar a resolver o conflito é entender suas causas-raiz, como o presidente [dos EUA, Donald] Trump fez recentemente", acrescentou Lavrov.

Uma próxima reunião russo-americana que se concentrará na normalização da operação das embaixadas será realizada em 27 de fevereiro em Istambul, disse Lavrov.

"Anunciamos que nossos diplomatas e especialistas de alto nível se reunirão e considerarão os problemas sistêmicos que se acumularam como resultado das atividades ilícitas da administração anterior para criar obstáculos artificiais às funções da embaixada russa, às quais naturalmente retribuímos e criamos condições desconfortáveis para o trabalho da Embaixada dos EUA em Moscou. Tal reunião ocorrerá amanhã [27] em Istambul", disse Lavrov aos repórteres.

Com base no resultado das negociações, ficará claro o quão rápido e eficientemente ambos os países podem se mover, acrescentou o principal diplomata russo.
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A presença de Israel no sul do Líbano e no sul da Síria requer soluções construtivas que não violem a segurança de nenhuma parte, disse Lavrov.

"Atualmente, as Forças de Defesa israelenses entraram no sul da Síria, assim como decidiram ficar no sul do Líbano. Tudo isso cria mais uma situação, que exige não apenas entendimento, mas elaborar algum tipo de passo construtivo, que leve em conta os interesses de segurança e desenvolvimento de todos os países da região, incluindo, é claro, Israel. Mas esses problemas de segurança não devem ser resolvidos violando a segurança e o desenvolvimento de outros [países]", disse o chefe da diplomacia russa em uma entrevista coletiva.

Lavrov também disse que a Rússia está profundamente preocupada com o fato de que dia após dia as Forças de Defesa israelenses tomam medidas que não estão previstas nos acordos Hamas-Israel e criam situações que contradizem os acordos e as resoluções do Conselho de Segurança da ONU (CSNU).
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