"Agora, tenta-se estabelecer um diálogo e melhorar as relações. Ainda há um longo caminho a percorrer, porque um enorme dano foi causado a todo o conjunto das relações bilaterais", enfatizou Peskov, referindo-se às perspectivas de restabelecer o diálogo entre a Rússia e os Estados Unidos.
Na opinião de Peskov, "se a vontade política dos dois líderes, o presidente russo, Vladimir Putin, e seu homólogo dos EUA, Donald Trump, for mantida, então esse caminho poderá ser superado com relativa rapidez e sucesso".
"A nova administração está mudando rapidamente todas as configurações da política externa, o que coincide em grande parte com a nossa visão", garantiu o porta-voz do Kremlin.
Peskov classificou o restabelecimento da cooperação entre empresas russas e estadunidenses como uma perspectiva de longo prazo, destacando que vários representantes da administração dos EUA alertaram que "primeiro vem a solução em torno da Ucrânia, depois a economia".
No dia 18 de fevereiro, as delegações oficiais da Rússia e dos EUA reuniram-se pela primeira vez após mais de cinco anos, na capital da Arábia Saudita, Riad, para buscar a normalização das relações bilaterais, concretizar a primeira cúpula entre Putin e Trump e facilitar possíveis negociações para resolver o conflito ucraniano.
As duas potências concordaram em criar um clima favorável para a retomada completa da cooperação bilateral em diversos âmbitos de interesse comum, além de remover as barreiras artificiais que afetam o funcionamento de suas embaixadas e outras instituições diplomáticas, e formar um grupo de trabalho de alto nível para começar a resolver a crise ucraniana.
O encontro na Arábia Saudita ocorreu quase uma semana após a primeira conversa telefônica entre Putin e Trump desde que este retornou à Casa Branca. Além da crise na Ucrânia, foram tratados temas relacionados ao Oriente Médio, à troca de prisioneiros, ao programa nuclear iraniano e ao estado das relações entre Washington e Moscou.