De acordo com a apuração da Bloomberg, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que a UE vai propor ativar uma cláusula de escape fiscal, permitindo que os países gastem € 650 bilhões (cerca de R$ 4,1 trilhões) adicionais em defesa ao longo de quatro anos sem penalidades orçamentárias. Com novos empréstimos, o pacote pode mobilizar quase € 800 bilhões (mais de R$ 5,1 trilhões).
Von der Leyen destacou que "estamos em uma era de rearmamento", e a Europa está pronta para aumentar significativamente seus gastos com defesa, especialmente para continuar apoiando a Ucrânia após a interrupção da ajuda militar ordenada por Trump. Ela chamou isso de um "momento único em uma geração" e mencionou que a UE precisa investir cerca de € 500 bilhões (aproximadamente R$ 3,2 trilhões) em defesa na próxima década.
Segundo a apuração, von der Leyen enviou uma carta aos Estados-membros com opções para reforçar a defesa nacional no curto prazo, mas a proposta só deve ser discutida em uma reunião de emergência na quinta-feira (6), onde os líderes avaliarão as ideias e instruirão a comissão a trabalhar nelas antes da próxima reunião em 21 e 22 de março.
Muitos países da UE, como França e Itália, enfrentam situações orçamentárias delicadas e têm pouca capacidade fiscal para aumentar drasticamente os empréstimos. A carta também sugere outras opções, como mobilização de financiamento privado, realocação de fundos da UE, expansão das práticas de empréstimo do Banco Europeu de Investimento e uso do Mecanismo Europeu de Estabilidade.
As medidas visam fortalecer a defesa europeia e garantir que os países possam responder a crises futuras, mantendo sua estabilidade financeira.