Os interlocutores da agência destacam que, enquanto os EUA estão repensando sua abordagem em relação à Europa, a influência da Turquia na região está aumentando.
"A Turquia surge como um mediador de poder mais proeminente e um elemento-chave da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte]. O presidente turco expandiu a presença militar e diplomática do país da África para o Oriente Médio de uma forma nunca vista desde o fim do Império Otomano, há um século", ressalta a agência.
Assim, Erdogan quer uma defesa e cooperação econômica mais próxima com a União Europeia em troca de segurança.
As fontes da agência pensam que a questão pode, em particular, estar relacionada à participação de pessoal militar turco na missão de manutenção da paz na Ucrânia.
"Ancara está avaliando uma missão não combatente para ajudar a monitorar a linha de contato com a Rússia no leste da Ucrânia, dependendo do consentimento de Moscou", enfatizaram as fontes.
Anteriormente, o Ministério da Defesa turco disse que o envio de forças de paz para o território da Ucrânia seria discutido por todas as partes interessadas, se essa medida fosse considerada necessária.
O lado russo considera o possível envio de pessoal militar estrangeiro para a Ucrânia uma provocação. Segundo o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, as propostas de envio de forças de paz para a zona de conflito "parecem tentativas de salvar as autoridades de Kiev".