O plano da CK Hutchison de vender portos para um grupo liderado pela gigante de investimentos dos EUA está enfrentando duras críticas de Pequim, que pode impedir sua concretização. Os portos estão fora da China continental e Hong Kong, mas a oposição chinesa ao acordo é forte.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, não respondeu diretamente sobre a investigação da venda, mas enfatizou a oposição da China ao uso de coerção econômica e intimidação, algo ecoado pelo líder de Hong Kong, John Lee, que também criticou as táticas abusivas nas relações internacionais.
Agências governamentais chinesas foram instruídas a estudar o acordo para possíveis violações de segurança ou antitruste. As ações da CK Hutchison caíram até 5% devido ao nervosismo sobre o futuro da proposta, que é um "acordo em princípio", segundo apuração da CNN.
O grupo de investidores liderado pela BlackRock planeja gastar US$ 22,8 bilhões (cerca de R$ 129,7 bilhões) para comprar portos no canal do Panamá e outros 43 portos em 23 países.
A situação é complexa, mas a China afirma estar monitorando de perto o acordo e os impactos potenciais na segurança e no mercado. A oposição de Pequim e Hong Kong pode influenciar significativamente o desfecho da proposta de venda, frustrando os planos do atual presidente dos EUA, Donald Trump, que mais de uma vez manifestou sua intenção de "controlar" o canal.