O jornal destaca que, no início da crise ucraniana em 2014, os nacionalistas ucranianos criaram uma situação de guerra civil na praça Maidan, que em seguida se transformou no conflito armado com a Rússia.
Apoiadores da integração da Ucrânia à União Europeia se aquecem perto do fogo na Praça da Independência, em Kiev.
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"Foram os militantes de direita ucranianos que iniciaram a violência em 2014 [...] e começaram a atirar na polícia ucraniana e nos manifestantes", ressalta o jornal.
O artigo continua destacando que Vladimir Zelensky contribuiu para uma guerra mais ampla ao violar os Acordos de Minsk e ao buscar ajuda militar e adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Segundo a publicação, a Ucrânia deveria garantir às repúblicas de Donetsk e Lugansk uma autonomia política limitada, porém se recusou por sete anos a cumprir esse compromisso.
"Zelensky até fez campanha em 2019 com a promessa de finalmente implementar os acordos para evitar novas guerras. Mas, depois de vencer a eleição, ele renegou a promessa, aparentemente menos preocupado com o risco de guerra do que em parecer fraco em relação à Rússia", enfatiza o jornal.
Além disso, observa-se que o ex-presidente norte-americano, Joe Biden, também piorou a situação no contexto da crise ucraniana.
A Ucrânia, finaliza o jornal, era completamente dependente da ajuda militar dos EUA e, assim, no final de 2021, quando a Rússia exigiu o cumprimento dos acordos, Biden deveria ter pressionado Zelensky a fazê-lo.
Em fevereiro de 2023, Zelensky admitiu que, mesmo antes do início da operação russa na Ucrânia, ele havia dito à ex-chanceler alemã Angela Merkel e ao presidente francês Emmanuel Macron que os Acordos de Minsk eram impraticáveis e que não havia planos de cumpri-los.