O parlamentar prometeu que a comissão vai dar prioridade aos projetos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e, também, menos espaço para pautas ideológicas, mais defendidas pela oposição. Além disso, o presidente da CCJ disse que a Comissão tem sofrido com o clima de radicalismo que afeta a votação de temas na Casa.
"Temos que ter uma atenção especial aos projetos que foram propostos pelo Poder Executivo, até porque ele tem efetivamente o direito de ver os seus projetos apreciados, porque é o responsável pela implementação das políticas públicas", declarou à Folha.
Em meio aos embates do Congresso com o STF, o deputado declarou ainda que não vai "contribuir para jogar a gasolina na fervura", postura que, segundo ele, é semelhante à do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Na última quarta (19), depois de 45 dias da retomada dos trabalhos parlamentares, a Câmara definiu os novos integrantes das comissões permanentes, responsáveis pela análise de projetos antes de chegarem ou não ao plenário. Entre as mais disputadas está justamente a CCJ, que pode barrar a tramitação de propostas caso não sejam aprovadas pelo colegiado.
Maior partido da Casa e principal articulador da oposição, o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro ficou com o maior número de comissões, seguido pela federação PT-PCdoB-PV.