"Também assinamos com o ministro de assuntos do canal uma estrutura para que navios militares e auxiliares dos EUA naveguem pelo canal do Panamá primeiro e gratuitamente", disse Hegseth a repórteres após uma visita ao Panamá.
Em janeiro, em seu discurso de posse, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que os Estados Unidos iriam recuperar o controle do canal do Panamá, que estaria sendo operado pela China. A China administra dois portos na zona do canal através da empresa Hutchison Ports, parte da CK Hutchison Holdings.
O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, rejeitou categoricamente as declarações de Trump e enfatizou que o canal do Panamá "não é uma concessão de qualquer país".
"É o resultado de uma luta que durou gerações, que culminou no Tratado Torrijos-Carter de 1999. Desde então, há 25 anos, administramos o canal e o gerenciamos de forma contínua, assumindo a responsabilidade por ele perante o mundo e o comércio internacional, incluindo os Estados Unidos. Estamos abertos ao diálogo, mas não à submissão," acrescentou o presidente do Panamá em seu comunicado.
Desde dezembro de 1999, a estrutura é gerida localmente. Os acordos, assinados em 7 de setembro de 1977 pelos presidentes Omar Torrijos e Jimmy Carter, garantiram também a devolução ao Panamá da faixa de território ao longo do canal, então ocupada pelos EUA desde 1904, e a retirada das 14 bases militares que o país norte-americano mantinha na antiga zona do canal do Panamá.