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Fraude no INSS será apurada 'até as últimas consequências', diz ministro da Justiça

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse nesta terça-feira (29), durante debate ocorrido na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, que o governo vai apurar a fraude que desviou R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) "até as últimas consequências".
Sputnik

"Nós não abrimos mão. Estamos mobilizando toda a Polícia Federal, todos os recursos que temos para colocar na prisão todos aqueles responsáveis por esses crimes hediondos", disse Lewandowski.

Conforme investigações da Polícia Federal (PF), entre 2019 e 2024 foram descontados de aposentados e pensionistas cerca de R$ 6,3 bilhões de forma fraudulenta. Horas depois, o governo federal anunciou que todos os acordos com o INSS que permitiam o desconto de mensalidades por serviços como academias, convênios e planos de saúde diretamente no benefício estão suspensos. Ao todo, 11 entidades foram alvo da operação.
Durante o encontro, Lewandowski foi questionado pelo deputado Sanderson (PL-RS) sobre a autonomia do órgão, que responde ao Ministério da Justiça.
"Precisamos saber se a Polícia Federal vai continuar tendo essa autonomia que está tendo", disse o deputado.
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Em resposta, Lewandowski afirmou que desde o dia que assumiu a pasta tentou deixar claro que a PF teria total autonomia em suas atuações. "Eu só sou avisado das operações na manhã em que elas ocorrem e não quero saber dessas atividades", afirmou.
O ministro também foi questionado por um eventual conflito de interesses, levantado pelo deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), que mencionou que uma das entidades investigadas pela PF recebe assessoria jurídica de um escritório de advocacia que tem um dos filhos de Lewandowski como sócio. O chefe da Justiça, por sua vez, afastou a possibilidade e pontuou que os advogados não podem ser confundidos com seus clientes.

Ministro da Previdência Social afirmou ser contra descontos em benefícios

Também nesta terça-feira (29), o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, em reunião da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, da Câmara dos Deputados, reforçou que sempre foi contra o desconto das chamadas mensalidades associativas em benefícios pagos pelo INSS a aposentados e pensionistas.
Para o ministro, quando o órgão desconta o valor de beneficiários em prol de associações e demais entidades, trabalha como intermediário entre as partes.
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"Quem quiser se filiar que se entenda com a entidade. E a associação que quiser manter [o associado] que cobre uma taxa, faça um boleto ou peça para a pessoa fazer um Pix", disse.

Lupi também argumentou que "o governo não deveria se meter nessa relação entre trabalhadores [aposentados] e associações". Além disso, ele insistiu que sempre foi contra os descontos antes mesmo de o escândalo estourar.
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