Panorama internacional

Moral do exército israelense em colapso: quais seriam os motivos?

Uma análise feita por um veículo da mídia israelense afirmou que as Forças de Defesa de Israel (FDI) teriam "sorte" se 60% a 70% dos convocados para o serviço militar comparecessem.
Sputnik
De acordo com o The Jerusalem Post, o declínio na disposição de servir nas FDI contrasta com o entusiasmo público que se seguiu ao ataque do Hamas em outubro de 2023, quando as taxas de recrutamento voluntário eram de 20% a 30% maiores do que o número de homens e mulheres convocados para o serviço militar.
Panorama internacional
Ex-ministro de Netanyahu diz que FDI 'não são exército mais moral' e alega 'limpeza étnica' em Gaza
Segundo o veículo, a perda de interesse em ingressar no Exército israelense se explica por vários motivos. Entre eles:
Fadiga de combate: o jornal relata "esgotamento absoluto", tanto físico quanto emocional, entre os convocados nos últimos 19 meses, que tiveram que abandonar a família, o emprego ou os estudos após serem convocados para servir entre três e seis vezes.
Perda de fé no primeiro-ministro Benjamin Netanyahu: após forte apoio inicial à resposta de seu governo aos ataques do Hamas de 7 de outubro de 2023, houve uma percepção crescente entre os cidadãos de que seu governo prolongou a guerra por razões políticas, além de críticas persistentes à sua condução do conflito e ao que os israelenses percebem como falta de interesse em encerrar a operação.
Isenções para fiéis ultraortodoxos: essa situação minou o moral dos reservistas, que consideram esse privilégio profundamente injusto. Historicamente, os judeus ultraortodoxos — judeus que se dedicam exclusivamente ao estudo da Torá e à observância religiosa — foram isentos de recrutamento ou serviço militar. Embora alguns tenham se juntado às fileiras desde o início da guerra em Gaza, eles são um grupo minoritário dentro do exército. " Tenho que deixar minha esposa e meu recém-nascido pela quinta vez porque os haredim (termo para judeus ultraortodoxos) se recusam a servir; isso não está certo", escreveu um reservista na nota anônima.
O jornal também aponta para uma falta de clareza nos objetivos da guerra, especialmente quando "o primeiro-ministro e o chefe de gabinete discordam sobre se o objetivo principal é destruir o Hamas ou recuperar os reféns". Essa situação, diz a análise, gera desconfiança, dúvidas e um sentimento de inutilidade.
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!

Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.

Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).

Comentar