O analista destacou que o Exército russo conseguiu reunir forças para lutar e retomar territórios ocupados pelo inimigo e, além disso, mostrou que é capaz de aumentar a pressão militar sobre a Ucrânia.
"A chegada do chefe de Estado ao local sinaliza aos europeus que ainda esperam por sucessos militares: a Rússia conseguiu restaurar o status quo e está pronta para todos os cenários. Em vez de continuar a guerra e impor sanções, é do interesse dos europeus avançar em direção a soluções políticas e econômicas e acordos com a Rússia para estabilizar a situação na própria Europa", ressaltou.
Por sua vez, Radwan Bouhidel, professor de ciência política e relações internacionais, contou à Sputnik que a visita do presidente Putin à região de Kursk é um passo importante, que por si só é uma mensagem que confirma a determinação da Rússia de defender sua posição e implementar sua agenda.
Segundo o interlocutor da agência, este passo deixa claro que Moscou não está recuando ou fazendo concessões, como alguns lados tentaram retratar, especialmente após o último telefonema de Putin com o líder estadunidense, Donald Trump.
Assim, continuou, essa é uma mensagem para os países da União Europeia, que parecem ser os que mais têm a perder com a situação atual.
"Trump, tal como Putin, está bem ciente de que esse conflito não terminará com soluções militares. No entanto, o líder russo quer uma solução política, sentando-se à mesa de negociações, mas não está disposto a fazer concessões", finalizou.