Uma estratégia 'fadada ao fracasso'
"Obviamente, é natural que, quando uma presidência termina com índices de aprovação tão baixos quanto os de Biden, sem nenhuma conquista relevante, e como se não bastasse, começa a surgir a possibilidade de ter havido uma conspiração para esconder o fato de que o presidente ficou praticamente incapacitado mentalmente durante sua gestão, todos que fizeram parte dela queiram se distanciar [dele] de uma forma ou de outra", afirma o especialista.
"É verdade que [Joe] Biden foi um presidente inadequado para os tempos hipermidiáticos em que vivemos, porque, para esconder suas limitações óbvias, seus assessores praticamente o mantiveram refém e o mantiveram longe das câmeras e dos eleitores, enquanto [Donald] Trump, mesmo fora do poder, continuou a monopolizar toda a atenção com postagens em redes sociais, comícios e até comparecimentos ao tribunal", acrescenta.
"O problema é que os democratas se recusam a se envolver em conversas difíceis — em parte porque são prisioneiros dos interesses de seus ricos doadores — sobre a necessidade de corrigir suas políticas, que é o que gerou a maior rejeição entre os eleitores. Para citar alguns: a política externa belicosa, o apoio irrestrito a Israel, a rejeição de qualquer plano econômico que combata a desigualdade ou as grandes corporações, a obsessão com uma agenda identitária que não é vista como prioridade pela maioria do país", observa.
'Eles estão cometendo o mesmo erro'
"Se somarmos a isso a alta inflação que existiu durante quase todo o governo Biden, a perda do voto jovem e progressista causada por sua política externa intervencionista, a perda do voto masculino e da classe trabalhadora devido à sua falta de visão ousada e preferência pelo politicamente correto, fica bastante claro que os democratas não iriam vencer", argumenta Flaco.