A deputada foi condenada em maio a dez anos de prisão pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Apesar do pedido de detenção feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinada por Moraes, Zambelli deixou o Brasil.
Inicialmente, a deputada afirmou que estaria na Europa, mas foi descoberto que ela embarcou para os Estados Unidos via Argentina.
Na formalização da extradição, o ministro do Supremo deu uma série de garantias diplomáticas à Justiça italiana, como não submeter Zambelli a qualquer tipo de tortura ou tratamento desumano.
"A senhora Carla Zambelli Salgado de Oliveira, de maneira livre, consciente e voluntária, comandou a invasão a sistemas institucionais utilizados pelo Poder Judiciário, mediante planejamento, arregimentação e comando de pessoa com aptidão técnica e meios necessários ao cumprimento de tal mister, com o fim de adulterar informações sem autorização expressa ou tácita de quem de direito", destacou Moraes no documento.
Na lista de procurados da Interpol desde a última quinta-feira (5), Zambelli deve perder também o mandato. Segundo o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o Congresso deve acatar a decisão do STF de cassação do posto da deputada federal.