"À margem desta reunião [da Organização do Tratado do Atlântico Norte], tive a oportunidade de conversar pessoalmente mais uma vez com o presidente dos EUA, [Donald] Trump. Reiterei a ele nosso desejo urgente, considerando a situação na Ucrânia, para que sanções adicionais sejam impostas à Rússia por parte dos norte-americanos. Não haverá uma solução militar para esse conflito", disse Merz.
O chanceler alemão lembrou que a UE pretende adotar um 18º pacote de sanções contra a Rússia, mas ressaltou que isso não será suficiente. Merz acrescentou que, com os recursos de que dispõe, o bloco já fez objetivamente tudo o que podia.
OTAN e declaração final: poucas menções à Ucrânia
Com o encerramento da cúpula da OTAN também nesta quarta, a declaração final com apenas 400 palavras quase não fez menção às questões ligadas à Ucrânia, diferentemente dos anos anteriores. Além disso, o país não foi nem nomeado em um ponto separado, mas só no contexto do aumento de gastos na defesa dos países-membros.
A mídia também informou que os membros da aliança militar acreditam que, neste verão, a Ucrânia terá uma situação complexa e intensa na zona do conflito. Conforme o portal Defense One, a OTAN espera que a Rússia continue a avançar, e não acredita que a situação mudará drasticamente em um futuro próximo.
A Rússia iniciou a operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, quando o presidente russo, Vladimir Putin, ressaltou como objetivo "a proteção das pessoas que foram submetidas a abusos e genocídio pelo regime de Kiev durante oito anos". Putin destacou ainda que a ação foi uma medida forçada, pois "os riscos à segurança eram tais que não havia como responder de outra maneira".