Segundo a mídia, Park chegou aos EUA com apenas 7 anos. Hoje, aos 55, precisou retornar à Coreia do Sul após receber uma intimação do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) norte-americano, que o obrigou a deixar o país.
Apesar do histórico de serviço aos Estados Unidos, o ICE usou como argumento para a expulsão de Sae o histórico de dependência química do militar reformado, fruto de um quadro de transtorno de estresse pós-traumático gerado pelos anos no Exército.
O sul-coreano, que possui visto permanente para morar nos EUA, serviu ao país durante a invasão ao Panamá, em 1989, que derrubou o regime de Manuel Noriega. Durante uma das missões, Park foi baleado nas costas e retornou ao território norte-americano como herói, recebendo uma honraria concedida àqueles que são feridos em campo.
Em 2009, cerca de 20 anos após ser baleado no Panamá, Park foi preso tentando comprar drogas em Nova York. De acordo com a reportagem da NPR, o sul-coreano adquiriu um vício em crack como uma das consequências do quadro de estresse pós-traumático.
O militar reformado foi sentenciado à deportação após ser preso, mas viu a pena ser amenizada e pôde permanecer nos EUA, contanto que se apresentasse anualmente ao ICE. Apesar dos anos de serviço e de ter criado uma família no país, incluindo dois filhos, Park teve que deixar o Havaí, na última segunda-feira (23), e voltar para a Coreia do Sul.
"Não consigo acreditar que isso está acontecendo", comentou o militar. "Isso me destrói, um país pelo qual lutei."