"Ataques preventivos são ilegais, e o uso excessivo da força só pode agravar o conflito e alimentar uma espiral de ódio. Os bombardeios dos EUA contra instalações nucleares de um Estado soberano criam um precedente ruim. Se isso levasse a uma catástrofe nuclear, o mundo inteiro teria que pagar por isso", disse o ministro durante uma coletiva de imprensa.
Para o chanceler, a guerra não pode resolver o problema iraniano, e a definição de justiça com base no critério da força pode abrir a "caixa de Pandora".
Israel iniciou, na madrugada de 13 de junho, uma operação contra o Irã, acusando o país de manter um programa militar nuclear secreto. Os alvos dos bombardeios aéreos e dos ataques de comandos foram instalações atômicas, membros do alto comando e bases aéreas.
O Irã rejeitou as acusações e respondeu com ataques em uma ofensiva que durou 12 dias. Já os Estados Unidos se juntaram ao conflito com um ataque pontual na madrugada de 22 de junho contra instalações nucleares iranianas. Em resposta, Teerã lançou mísseis contra a base norte-americana de Al-Udeid, no Catar, afirmando que não pretendia escalar ainda mais a situação.
O presidente dos EUA, Donald Trump, demonstrou ter esperança de que, com o ataque, o Irã "liberasse a pressão" e, diante disso, seria possível trilhar o caminho da paz e da conciliação no Oriente Médio. Trump também afirmou que Israel e o Irã chegaram a um acordo de cessar-fogo, que, após 24 horas, se tornaria uma "trégua oficial", encerrando os 12 dias de guerra.