Relações entre Brasil e EUA estremecidas?
"E cada reunião bem-sucedida, na medida em que inclusive aumenta o número de Estados associados, aumenta também essa ameaça, sobretudo quando se fala em desdolarização. Os EUA já não detêm mais poder hegemônico, porém o dólar, como moeda internacional, ainda é o principal pilar do poder norte-americano […]. Não há como disfarçar ou maquiar essa situação. O Brasil é empurrado, vamos dizer assim, para tomar uma definição clara em relação ao seu sistema de alianças internacionais", declarou à Sputnik Brasil.
Pressões internas contra o governo Lula
"Obviamente cria problemas econômicos e comerciais para as exportações brasileiras, beneficiando também eventuais concorrentes do Brasil […], mas haverá também uma pressão política muito forte. Certamente haverá uma reação muito forte desses setores e da oposição contra o presidente Lula e o PT para que realize mudanças na política externa, a fim de conciliar com os Estados Unidos", afirmou.
Brasil garante que vai responder às medidas
"Promover uma política tarifária de reciprocidade coletiva poderia causar problemas para o governo Trump, na tentativa de buscar novos parceiros para conter o aumento de preços dos produtos taxados no mercado estadunidense. Mas essa estratégia é muito difícil, porque os setores da economia do Brasil e possíveis aliados vão querer acessar o mercado norte-americano de forma preferencial, sem se importar com a resposta política coordenada. Mesmo assim, o Brasil precisa, juntamente com parceiros, incentivar a exportação para outros mercados."