"Os recursos da Ucrânia são fundamentais no tabuleiro de xadrez da geopolítica energética, antes somente de petróleo e agora adicionado de minerais críticos. A China produz cerca de 90% dos minerais refinados de terras raras do mundo […], usados em defesa, veículos elétricos, energia limpa e eletrônicos. Os EUA importam a maioria desses minerais, fator que coloca Pequim extremamente confortável, no momento, dentro desse segmento."
"O acordo [EUA-Ucrânia] possui enormes implicações geopolíticas, não somente por fortalecer a aliança entre EUA e Ucrânia e maior cooperação econômica e militar entre os dois países. O real interesse de Trump são os minerais de terras raras da Ucrânia e, para obter parte do controle dos minerais estratégicos, é fundamental parar a guerra."
"O posicionamento norte-americano evidencia que os Estados Unidos estão mobilizando sua política comercial para garantir o acesso às matérias-primas minerais que são cruciais para a transição energética, assunto de menor importância para Trump e, sim, mais importante, o controle sobre a inteligência artificial [IA] que favoreça as empresas de IA. Vale ressaltar que IA depende de uma infraestrutura física de data centers, instalações com uso intensivo de energia."
"Acredito no acirramento das relações bilaterais entre Brasil e EUA. O Brasil e, mais ainda, o atual governo, prega o multilateralismo como forma de desenvolvimento das relações comerciais. Por isso, sempre enfatizam a importância do BRICS e do Mercosul."