Panorama internacional

Sérvia não vai impor sanções contra a Rússia, garante ministro da Integração Europeia à Sputnik

O ministro para Integração Europeia da Sérvia, Nemanja Starovic, declarou nesta segunda-feira (28) à Sputnik que o país não irá impor sanções à Rússia, independentemente da forma como a mídia tenha distorcido suas últimas declarações.
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Na última sexta (25), Starovic disse à mídia australiana que a Sérvia poderia considerar sanções contra a Rússia caso a adesão do país à União Europeia (UE) se tornasse uma perspectiva realista. Na sequência, o presidente sérvio Aleksandar Vucic negou qualquer plano nesse sentido, acrescentando que Starovic se expressou de forma imprudente e foi mal-interpretado pela imprensa.

"Antes de mais nada, quero afirmar, de forma clara e inequívoca: minha posição pessoal está totalmente alinhada com a política do governo sérvio, como reiteradamente declarado pelo primeiro-ministro Duro Macut, de que enquanto estiver à frente do governo, não haverá sanções contra a Rússia. O mesmo tem sido reiterado pelo presidente Aleksandar Vucic. Em entrevista a uma agência austríaca, expliquei detalhadamente por que a Sérvia não imporá sanções econômicas à Rússia", detalhou Starovic.

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O ministro apresentou três razões principais para a recusa em adotar medidas restritivas ocidentais: "Por princípios, porque não consideramos as sanções um método adequado na política internacional; por motivos econômicos, já que a imposição de sanções prejudicaria seriamente a economia sérvia; e por razões políticas, por colocar em risco as relações com a Rússia, que são tradicionalmente importantes e valiosas para nós."
Segundo o político sérvio, o Conselho Nacional de Segurança do país adotou várias resoluções dias após o início do conflito na Ucrânia, nas quais estabeleceu o respeito à integridade territorial de todos os Estados reconhecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), recusa da Sérvia em impor sanções à Rússia, defesa ativa da paz e assistência humanitária às populações vulneráveis.
Starovic destacou ainda que a posição geopolítica da Sérvia entre o Oriente e o Ocidente é desafiadora, mas tem trazido benefícios concretos, como o acesso à energia a preços acessíveis. Segundo ele, o país compra eletricidade e gás da Rússia por valores muito inferiores aos pagos pela maior parte da Europa.
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Cinco países dos Bálcãs Ocidentais — Albânia, Bósnia e Herzegovina, Macedônia do Norte, Montenegro e Sérvia — possuem status oficial de candidatos à adesão à UE, além do Kosovo, que é autodeclarado independente.
Porém, conquistar o status de candidato é apenas o início de um longo caminho rumo à adesão. A Turquia é candidata desde 1999, a Macedônia do Norte desde 2005, Montenegro desde 2010, e a Sérvia desde 2012. Já a Croácia foi o último país a ingressar na UE, em 2013, após uma década de espera.
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