Conforme o portal g1, a parlamentar brasileira segue detida em uma penitenciária feminina em Roma e vai passar por uma audiência de custódia na próxima sexta (1°), quando a Justiça da Itália vai decidir se aceita o pedido de extradição feito pelo Brasil ou mantém a deputada presa no país.
Já a defesa de Zambelli informou que a ex-parlamentar, que possui cidadania italiana, vai demonstrar à Justiça que foi condenada sem provas e, caso não tenha sucesso com a medida, pedir que a pena seja cumprida no país.
Zambelli fugiu do Brasil há cerca de dois meses, após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos e 8 meses de prisão, devido à sua participação em ataques hacker contra o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela é acusada de integrar uma organização criminosa digital e teve o mandato cassado.
Poucos dias após a fuga, o ministro do STF Alexandre de Moraes emitiu o pedido de extradição da ex-deputada, eleita representando o Partido Liberal (PL).
Zambelli e a perda do mandato
Assim que Zambelli se apresentou às autoridades italianas, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que não colocaria em votação a prisão da ex-parlamentar, pois cabe ao Poder Legislativo se manifestar apenas sobre a perda de mandato.
"Importante lembrar que as providências que cabem à Câmara já estão sendo adotadas, por meio da representação que tramita na CCJC [Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania], em obediência ao Regimento e à Constituição. Não cabe à Casa deliberar sobre a prisão, apenas sobre a perda de mandato."