"Existem dois processos simultâneos na Armênia. De um lado, tem um crescimento de um ultranacionalismo armênio, processo que é típico de países que passaram por essas revoluções coloridas ocidentalizantes. Elas costumam promover nacionalismos nesses países como uma forma de criar hostilidades contra a Rússia. Por outro lado, existe um nacionalismo autêntico armênio, que simplesmente quer reivindicar os interesses históricos naqueles territórios. Ambos os posicionamentos convergem em uma afronta a Pashinyan, que simplesmente deixou de apoiar os armênios", explica.
Armênia pode recusar reivindicações históricas?
Ocidente fomenta hostilidades contra a Rússia
"Isso é claro em relação às últimas hostilidades entre Rússia e Azerbaijão, que foram fomentadas pelo Ocidente para afastar os dois países. Até o momento, o governo azeri mantinha uma postura amigável a Moscou, enquanto a Armênia aumentava sua postura hostil. É basicamente isso que espero para os próximos anos, um aumento do intervencionismo ocidental", frisou.
Soberania colocada em segundo plano
"Se a percepção for de que a soberania, ou então que o orgulho nacional, está sendo novamente colocada em segundo plano pelo premiê — o que é uma percepção que já vem sendo bastante observada, principalmente nos últimos eventos acontecidos na Armênia —, isso pode gerar, claro, uma forte reação interna", analisou.