Segundo a emissora, ainda pesam sobre Zelensky a última vez em que foi recebido por Trump na Casa Branca, quando foi confrontado sobre diversas questões relacionadas ao conflito ucraniano. A situação é agravada pelo fato de que, conforme destacou o canal, "Trump trata Vladimir Putin com reverência e Zelensky com desprezo".
Em declarações recentes, Zelensky afirmou que só está disposto a discutir a questão territorial em uma reunião tripartite entre Ucrânia, Rússia e Estados Unidos. Já Trump tem pressionado Kiev a aceitar um acordo de paz após sua reunião no Alasca com Vladimir Putin.
Encontro na Casa Branca reunirá Zelensky e líderes europeus
Na próxima segunda-feira (18), Trump receberá Zelensky na Casa Branca. O encontro contará também com a presença de líderes europeus. Estão confirmados Emmanuel Macron (França), Alexander Stubb (Finlândia), Friedrich Merz (Alemanha), Giorgia Meloni (Itália), Keir Starmer (Reino Unido) Ursula von der Leyen (União Europeia) e Mark Rutte (OTAN).
As negociações ocorrem após a cúpula entre Putin e Trump no Alasca, realizada na base militar Elmendorf-Richardson. O encontro durou quase três horas e contou com a presença do chanceler russo Sergei Lavrov, do assessor presidencial Yuri Ushakov, do secretário de Estado norte-americano Marco Rubio e do enviado especial Steven Witkoff.
Putin afirmou, após a reunião, que as conversas aproximaram as partes de "decisões necessárias" e defendeu um possível acordo para o fim do conflito na Ucrânia em bases justas.
Segundo Witkoff, o encontro entre a Rússia e os EUA foi um "sucesso épico", alcançando resultados muito além do que todos esperavam e que agora tudo depende da Ucrânia.
"Antes desta cúpula, mantive seis rodadas de negociações com Putin, e considerava que havíamos alcançado certo sucesso. Mas o que conseguimos [no Alasca] revelou-se épico, isso é um fato", disse.
Além disso, o enviado especial pontuou que foi alcançado um consenso sobre as garantias de segurança para a Ucrânia. "Chegamos ao acordo de que os Estados Unidos e outros países europeus podem propor de forma eficaz uma formulação semelhante ao artigo 5º para garantir a segurança. Putin declarou que a adesão [da Ucrânia] à OTAN é um sinal de alerta. Isso é verdade".
Já o secretário de Estado Marco Rubio afirmou que Washington dispute com a Rússia a questão das fronteiras territoriais da Ucrânia, garantias de segurança e cooperação com Kiev. O político afirmou ainda que os EUA não querem introduzir mais sanções contra Rússia, pois elas significariam o fim das negociações de paz.