Conforme noticiado pelo g1, os advogados argumentaram que há um "vazio de indícios" na peça da Polícia Federal (PF) e que, mais uma vez, punições se aproximam do ex-presidente a partir de atos de terceiros.
A defesa alegou também que Bolsonaro não estava proibido de usar o WhatsApp (aplicativo da Meta, proibida na Rússia por extremismo) e chamou a ferramenta de aplicativo de mensagens, distinguindo-a das redes sociais.
Em relação ao rascunho de pedido de asilo político à Argentina, encontrado no celular de Bolsonaro, os advogados argumentaram que o documento não pode ser tratado "como indício de fuga".
"Seria necessário avisar à Polícia Federal, especialmente ao setor de inteligência, que o processo criminal que originou as cautelares foi proposto um ano depois e, desde então, o ex-presidente compareceu a todos os seus atos, inclusive estando em sua residência quando determinado o uso de tornozeleira por Vossa Excelência", afirma a defesa, ressaltando que o arquivo é de fevereiro do ano passado.
A manifestação dos advogados ocorreu dentro do prazo de 48 horas determinado por Moraes na última quarta-feira (20), pedindo esclarecimentos sobre o descumprimento de medidas cautelares por parte de Bolsonaro, além de explicações sobre o suposto plano de fuga.