Anteriormente, após o encontro do primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan, com os presidentes dos EUA, Donald Trump, e do Azerbaijão, Ilham Aliev, em Washington, foi assinada uma declaração para estabelecer a paz e relações interestatais entre os três países.
Pashinyan também aceitou cooperar com os EUA e países terceiros na criação da "Rota Trump pela paz e prosperidade internacionais", que ligará o Azerbaijão a Nakhichevan através do território da Armênia.
"As conversas sobre os 99 anos [de arrendamento da Rota Trump] ainda estão longe da realidade. Digo 'ainda' porque quero reforçar que os acordos dizem respeito apenas ao que está escrito e publicado. Prazos e detalhes técnicos ainda precisam ser discutidos", afirmou Mirzoyan em entrevista à televisão pública da Armênia.
O chanceler assegurou que a terra por onde passará a infraestrutura — que será utilizada também por trens azerbaijanos — continuará pertencendo ao país, além do controle e da segurança do corredor. Ele também lembrou que EUA e Armênia escolherão um terceiro parceiro para a construção, gestão e administração econômica do projeto.
Durante a entrevista, o ministro destacou que a construção de comunicações, oleodutos e gasodutos, e a instalação de cabos são economicamente vantajosas para a Armênia e criam garantias adicionais de segurança.
Mirzoyan afirmou ainda que será necessária a demarcação da fronteira, o hasteamento das bandeiras dos dois países e a instalação de postos fronteiriços com serviços de imigração e alfândega.
"Como poderia ser diferente? Tudo isso deve ocorrer no quadro da integridade territorial, da soberania, da jurisdição e em conformidade com o princípio da reciprocidade", ressaltou Mirzoyan.
Nikol Pashinyan já havia declarado que a "Rota Trump" se tornaria o maior programa de investimentos da história da Armênia contemporânea.
O governo armênio também destacou que, com a implementação do projeto, o Irã terá conexão ferroviária entre o golfo Pérsico e o mar Negro, e a Rússia passará a contar com conexão ferroviária direta com o Irã.
Em contrapartida, a Armênia planeja conceder aos EUA direitos exclusivos de longo prazo para desenvolver o corredor.