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Cruzeiro que será usado na COP30 exige 'relações diplomáticas com EUA' para hospedagem, diz mídia

Conforme divulgado hoje (27) pelo jornal O Globo, um dos dois cruzeiros que foram contratados pelo governo brasileiro para hospedar comitivas durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), em novembro, em Belém, passou a restringir o acesso a países que não possuem relações diplomáticas com Washington.
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A medida foi tomada pela empresa Costa Cruzeiros, cujo grupo controlador está sediado nos Estados Unidos. A reportagem citou que delegações de pelo menos 20 países estão impedidas de reservar cabines no navio, a exemplo de Venezuela, Irã, Haiti, Cuba, Afeganistão, Somália e Sudão — a maioria é do continente africano.
"A Costa Cruzeiros segue regulações externas que, neste caso, vetam 20 países que não possuem relações diplomáticas com os Estados Unidos […]."
Já o governo brasileiro afirmou que a decisão da empresa é motivada pelos embargos comerciais de Washington contra alguns países, que não podem fazer transações com companhias norte-americanas.
Os navios são uma aposta do Brasil para conter a crise gerada pelos altos preços e a baixa oferta de hospedagens em Belém para a COP30, em que apenas 47 dos 196 países esperados confirmaram presença. Ao todo, são previstas 3,9 mil cabines, que possuem capacidade para mais de 6 mil pessoas.
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Governo prometeu mais de 50 mil leitos em Belém

Na semana passada, o ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou que Belém vai contar com mais de 50 mil leitos para receber as delegações. Na COP29, em Baku (Azerbaijão), o pico de hospedagens foi de 24 mil pessoas — menos da metade da capacidade esperada em Belém.

"Teremos leitos para todos e teremos preços justos para todos que virão para esta COP", declarou o ministério.

Durante a cúpula climática, as diárias chegam a US$ 45 mil (cerca de R$ 238 mil), o que levou os países a cogitarem pedidos de mudança de sede.
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