Segundo o parlamentar, há um "prazer" perceptível na fala do ministro ao tratar dos réus, ao mesmo tempo em que acusa o Supremo de impedir o direito pleno à defesa.
"Se vocês pudessem ver como eu vi o prazer na fala do ministro Alexandre de Moraes, ao mesmo tempo, em alguns momentos, a raiva, a indignação, não como um ministro supremo que conseguiu, de forma impressionante, analisar 70 terabytes, mas que não admite que os advogados tenham dificuldade em tão pouco tempo", zoou Zucco.
Zucco questionou a caracterização de milhares de manifestantes como integrantes de uma organização criminosa. "A Débora do Batom, ou a Dona Helene, de 74 anos, em algum momento, lá, sem armas, sem instituição, sem nenhum tipo de Exército, Marinha, Aeronáutica, embaixadas, países... aquelas pessoas do Rio de Janeiro estão agora sendo colocadas como prova de uma dita organização criminosa", criticou.
Sem provas, ele também citou possíveis irregularidades no processo, como "fraudes processuais" e "alteração de datas", além de criticar o que considera uma atuação parcial do Judiciário. "Fraudes processuais estão sendo faladas pelo seu braço direito, uma organização paralela. Alteração de datas também não está sendo falado sobre este possível crime gravíssimo", assuntou.
Zucco mencionou ainda o ministro Luiz Fux, dizendo esperar que ele peça vista no julgamento em curso. "A esperança que o ministro Fux está vendo [...] é que ele possa pedir mais um tempo de análise. [...] E é nesse sentido que nós esperamos que seja feita a justiça", avaliou.
Questionado se ficaria decepcionado caso Fux não pedisse vista, respondeu: "Não é caso de decepção. Ele está ali para fazer o seu papel."