O relatório aponta que as autoridades israelenses destruíram parcialmente a capacidade reprodutiva dos palestinos na Faixa de Gaza como grupo, inclusive por meio da implementação de medidas voltadas a impedir a natalidade.
"As autoridades e as forças de segurança de Israel têm a intenção genocida de destruir, totalmente ou parcialmente, os palestinos na Faixa de Gaza", ressalta a publicação.
Segundo a ONU, Israel continua cometendo genocídio na Faixa de Gaza e suas ações são as mais impiedosas desde 1948, incitadas por seus líderes militares e políticos, incluindo o primeiro-ministro do país Benjamin Netanyahu.
Neste contexto, continua o relatório, Israel é responsável por não ter sabido impedir e punir o genocídio contra os habitantes do enclave.
Assim, finaliza o comunicado, a comunidade internacional deve usar todos os meios disponíveis para deter as ações de Israel em Gaza e nos territórios ocupados.
Ofensiva do Exército israelense contra Gaza
Em 21 de agosto deste ano, Netanyahu aprovou planos para controlar Gaza e destruir o Hamas, visando garantir a segurança e transferir a gestão a uma autoridade civil.
Ontem (15), forças israelenses intensificaram os ataques com bombardeios e incursões de tanques na cidade, deixando dezenas de palestinos mortos.
Vale ressaltar que as famílias de reféns israelenses protestaram em Jerusalém temendo pela vida de seus entes queridos durante a operação.
Fome no enclave
Nos últimos meses, Israel intensificou o bloqueio de Gaza, causando fome e inúmeras vítimas entre a população. Segundo a administração local, desde 7 de outubro de 2023, mais de 64 mil civis morreram devido aos ataques israelenses.
Antes deste episódio, a ONU só havia reconhecido a fase mais crítica da fome em duas ocasiões: na Somália, em 2011, e no Sudão do Sul, em 2017.