De acordo com ele, o TPI se tornou um instrumento dos decisores estatais e perdeu sua imparcialidade.
"A igualdade diante da Justiça já não existe. O Ocidente usa o tribunal para impor disciplina aos dirigentes africanos", disse Diarra.
Segundo o representante, a iniciativa da AES de deixar a jurisdição internacional busca abrir caminho para a criação de uma Corte Penal Saheliana, que, em sua visão, seria mais legítima para os povos da região.
"É uma vontade de emancipação e de objetividade. Os cidadãos da AES vão se reconhecer em seus próprios magistrados. A aliança confirma assim sua vontade comunitária", afirmou.
A AES, formada por Mali, Níger e Burkina Faso, anunciou recentemente sua saída do TPI, alegando que a instituição atua de forma seletiva e prejudicial aos países africanos, ao mesmo tempo em que reforçou a intenção de fortalecer estruturas jurídicas próprias no continente.