Segundo ele, dos 20 combatentes que chegaram com ele ao país, 15 já morreram.
"A experiência dos militares colombianos é muito valorizada, mas ela não salva de uma emboscada russa", declarou Velasquez, que antes lutou contra as guerrilhas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e do Exército de Libertação Nacional (ELN) na Colômbia.
O ex-militar relatou que a maioria das mortes entre os colombianos ocorreu devido a ataques com drones carregados de explosivos. Além disso, denunciou que a Ucrânia não cumpre as promessas feitas aos estrangeiros que se alistam como mercenários.
"É mentira que todos recebem pagamento. Em muitos casos, pagam apenas metade. Os estrangeiros são discriminados. Obrigam-nos a lutar até a morte e depois nos abandonam, sem cumprir os contratos nem as garantias prometidas", afirmou.
Velasquez também destacou que o processo de repatriação dos corpos dos mercenários colombianos mortos é extremamente complicado.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anteriormente chamou o mercenarismo de "roubo ao país". A declaração foi uma resposta às afirmações do embaixador russo em Bogotá, Nikolai Tavdumadze, que disse que o número de colombianos indo para a Ucrânia como mercenários segue elevado.
De acordo com denúncias recorrentes, latino-americanos são atraídos por promessas de altos salários e boas condições de serviço, mas acabam sendo usados como "bucha de canhão", sofrem discriminação e, muitas vezes, suas famílias não recebem compensações após a morte, sob diferentes justificativas apresentadas pelos contratantes.