Os ministros Cármen Lúcia (relatora), Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram pela rejeição do recurso apresentado pela defesa de Moro.
No seu voto, Cármen Lúcia argumentou que o recurso não indicava omissão, contradição ou obscuridade na decisão precedente, de modo que não poderia servir para rediscutir o mérito da decisão. Ela afirmou que "a pretensão do embargante é rediscutir matéria" e que não cabe usar esse tipo de recurso para modificar o conteúdo da decisão já tomada.
A denúncia aceita pelo STF decorre de um vídeo que viralizou em abril de 2023, no qual Moro afirmou que seria possível "comprar um habeas corpus do ministro Gilmar Mendes". Na defesa, Moro alegou que foi uma "brincadeira infeliz" e sustentou que o vídeo foi editado por outras pessoas sem seu consentimento.
Embora o vídeo tenha sido gravado antes de Moro se tornar senador, o STF considerou que ele tem competência para julgar o caso, uma vez que foi exposto ao público no exercício do mandato parlamentar.