O setor respondeu por 49% de todas as exportações brasileiras no mês e o avanço foi sustentado, principalmente pelo aumento dos volumes embarcados (+7,4%), em um cenário de leve recuo dos preços médios internacionais (-1,1%).
No acumulado do ano, as exportações brasileiras do agronegócio registraram incremento de 0,7%, tendo sido exportados, de janeiro a setembro, US$ 126,6 bilhões (R$ 695 bilhões).
O agro gerou US$ 111 bilhões (R$ 609 bilhões) no acumulado do ano de superávit comercial, contribuindo para o equilíbrio das contas externas do Brasil, afirma o ministério.
"Os resultados de setembro mostram, mesmo diante de um cenário externo desafiador, a competitividade do agronegócio brasileiro e o acerto na estratégia reforçada a partir de 2023 de abertura, ampliação e diversificação de mercados e produtos. Até o momento, foram abertas 444 novas oportunidades para os produtores e exportadores brasileiros", declarou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, durante a divulgação dos dados.
Ainda segundo a pasta, o bom resultado deveu-se sobretudo, à carne bovina in natura, que registrou US$ 1,77 bilhão (R$ 9,71 bilhões) e aumento de 55,6% em exportações, e à carne suína in natura, que alcançou marca histórica de US$ 346,1 milhões (R$1,9 bilhão), com aumento de 28,6%, e quase dobrou o volume embarcado (+78,2%). O milho também teve alta, de 23,5%, com vendas de US$ 1,52 bilhão.
Impacto do 'tarifaço'
Já entre os produtos potencialmente mais afetados pelo tarifaço, o ministério destacou o café, com US$ 1,3 bilhão (R$7,13), com com aumento de 9,3% em volume, e os pescados, cujas exportações somaram US$ 38,7 milhões (R$ 212 milhões), com aumento de 6,1% em volume.
A pasta destacou ainda que somente neste ano promoveu mais de 60 missões internacionais, além de feiras internacionais e ações, como a Caravana do Agro Exportador, que apoiam a inserção do nosso agro no cenário internacional, em conjunto com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX-Brasil) e o Ministério das relações exteriores.
Os avanços, afirma o ministério, são resultado do trabalho conjunto entre governo e setor privado, com foco em habilitações, equivalências e requisitos sanitários, além de ações de promoção comercial para ampliar a presença do Brasil nas principais cadeias globais de alimentos.