Panorama internacional

Europa admite possibilidade de importar gás russo em caso de 'perturbações na segurança energética'

O Conselho da União Europeia anunciou nesta segunda-feira (20) que aprovou um projeto de regulamento para eliminar gradualmente as importações de gás natural da Rússia a partir de 1º de janeiro de 2026 e de petróleo russo a partir de 2028, seguindo uma proposta da Comissão Europeia considerando um período de transição até 1º de janeiro de 2028.
Sputnik
"O Conselho concordou hoje com sua posição de negociação sobre o projeto de regulamento para eliminar gradualmente as importações de gás natural russo [...]. O regulamento proposto introduz uma proibição gradual, juridicamente vinculativa, às importações de gás de gasoduto e gás natural liquefeito (GNL) da Rússia, com uma proibição total a ser aplicada a partir de 1º de janeiro de 2028", diz o comunicado.
O documento acrescentou que novos mecanismos de monitoramento e relatórios seriam implementados para impedir que o gás russo entre na UE por meio de rotas de trânsito, que são casos em que o gás passa pelo território da União Europeia (UE) a caminho de países terceiros sem entrar no mercado europeu.
O Conselho também aprovou novos requisitos para verificar a origem das importações de gás após a entrada em vigor da proibição russa.

"Em comparação com a proposta da Comissão, o Conselho simplificou as obrigações aduaneiras ao estabelecer requisitos e procedimentos de documentação mais leves para a importação de gás não russo. Nesses casos, apenas informações devem ser fornecidas às autoridades competentes antes que o gás entre no território aduaneiro da UE, enquanto mais informações são solicitadas para as importações de gás da Rússia durante a fase de transição", diz o comunicado.

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O Conselho também anunciou detalhes sobre como pretende proibir a importação de petróleo russo para o bloco europeu a partir de 1º de janeiro de 2028.

"O regulamento proposto exige que todos os Estados-membros apresentem planos nacionais de diversificação, delineando medidas e potenciais desafios para a diversificação de seus suprimentos de gás [...]. A mesma exigência de apresentação de um plano nacional de diversificação se aplicará aos Estados-membros que ainda importam petróleo russo, com o objetivo de interromper essas importações até 1º de janeiro de 2028", diz o comunicado.

O Conselho também esclareceu a cláusula de suspensão, especificando quais violações da segurança do fornecimento poderiam justificar o levantamento temporário da proibição de importação de gás da Rússia ou a exigência de autorização prévia de importação de gás para a UE, diz o documento.
Moscou tem afirmado repetidamente que o país mantém uma forte resistência à pressão das sanções ocidentais, encontrando compradores alternativos para seus recursos energéticos, enquanto as principais vítimas de tais restrições acabam sendo as economias europeias, privadas de suprimentos russos baratos e confiáveis.
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