O projeto de resolução 71/25 prevê a criação da bancada cristã e foi apresentado pelos presidentes das frentes parlamentares Evangélica (Gilberto Nascimento, PSD-SP) e Católica Apostólica Romana (Luiz Gastão, PSD-CE). Juntos, os grupos contam com 405 deputados, ou mais de 70% do Congresso Nacional (os parlamentares podem fazer parte de mais de uma bancada temática).
Segundo Motta, há interesse dos parlamentares em trabalhar em conjunto por temas considerados "importantes para a população brasileira".
"Levarei à Mesa [Diretora] o requerimento de urgência hoje, para a sessão de logo mais à tarde, para que a Casa possa apreciar esse requerimento e, consequentemente depois, o projeto de resolução", disse, durante culto ecumênico realizado na Casa.
Sobre a cerimônia religiosa, que acontece semanalmente, o presidente da Câmara a classificou como "muito importante para que possamos ter a palavra de Deus permeando aqui a nossa Casa".
Conforme a proposta, entre as atividades da nova bancada estão previstas:
Zelar pela participação ativa de seus deputados e deputadas nas atividades e nos órgãos da Casa;
Participar, com os demais líderes, das reuniões convocadas pela Presidência da Câmara, com direito a voz e voto;
Fazer uso da palavra, pessoalmente ou por delegação, durante o período destinado às comunicações de liderança, por até cinco minutos semanais, para manifestar a posição dos parlamentares cristãos sobre votações e ações de interesse da bancada.
O que a bancada evangélica defende?
Mais cedo, o presidente da Frente Parlamentar Evangélica do Congresso disse ao portal g1 que o objetivo da nova bancada é defender pautas de costume.
"A gente vai fazer com que a junção dessas duas frentes possa ter assento no Colégio de Líderes e possa estar presente nas decisões da Casa. É muito importante isso, vai dar representatividade", afirmou Gilberto Nascimento.