"Cancelamos a reunião com o presidente Putin, mas não me pareceu certo. Não me parece que chegaríamos ao lugar que precisávamos. Então cancelei, mas faremos isso no futuro."
O presidente norte-americano também chegou a ressaltar que as partes envolvidas no conflito ucraniano precisam garantir as posições atuais no front e cessar as hostilidades. Por outro lado, voltou a destacar que vê o líder russo disposto a negociar sobre territórios em questão.
"Acho que agora ele está disposto a negociar um pouco mais e a fechar um acordo. Não queremos que ele fique com tudo."
Moscou ainda não se pronunciou sobre o anúncio feito pelo chefe da Casa Branca. A informação, inclusive, foi divulgada durante a madrugada no fuso horário russo.
Na última semana, os dois líderes tiveram uma longa conversa telefônica — a oitava desde o início do ano. Após o diálogo, ambas as partes confirmaram o início de negociações para um encontro em breve em Budapeste, capital da Hungria.
O local foi escolhido por Trump e Putin aceitou a sugestão. O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, chegou a falar publicamente sobre como seu governo se preparava para receber a reunião.
Nesta semana, entretanto, notícias na mídia americana começaram a relatar que Trump desistiria do encontro. Nesta quarta-feira, o chanceler da Hungria, Peter Szijjarto chegou a Washington para conversas com seu homólogo, Marco Rubio, sobre os preparativos para o encontro entre os dois presidentes.
Em sua coletiva de imprensa, Trump também tocou nas recentes sanções aplicadas pelo Departamento do Tesouro norte-americano contra as petrolíferas russas, Lukoil e Rosneft, bem como às suas subsidiárias.
Do outro lado do Atlântico, a União Europeia concordou em seu 19º pacote de sanções contra a Rússia. Para Rutte, as novas sanções vão "forçar" a Rússia a sentar na mesa de negociações, posição da qual o Kremlin nunca se ausentou.
O presidente norte-americano voltou a comentar sua recusa de enviar mísseis Tomahawk à Ucrânia. Segundo Trump, o armamento demandaria um extenso treinamento das forças ucranianas, de seis meses a um ano. "Eles são extremamente complexos."
"Então a única forma de um Tomahawk ser lançado é se nós lançarmos, e nós não vamos fazer isso."
Ele desmentiu, também, uma reportagem veiculada no Wall Street Journal que revelava uma suposta autorização dos Estados Unidos para ataques ucranianos dentro do território russo, acrescentando que a Ucrânia usa apenas mísseis europeus para ataques deste tipo, e não estadunidenses.