Koshkin enfatizou que o líder atual ucraniano, Vladimir Zelensky, afirma que o Exército ucraniano avança com sucesso e pode até chegar à Crimeia e Moscou.
Porém, tudo isso não passa de propaganda que serve tão somente para garantir enormes financiamentos, que podem ser tranquilamente desviados para interesses próprios, sendo que apenas uma fração deste montante é destinada para compra de armas e outras necessidades sociais.
"Atualmente, o regime de Zelensky não tem interesse que jornalistas, inclusive ucranianos, visitem as áreas cercadas, pois ficará claro que as Forças Armadas da Ucrânia estão perdendo e que a Ucrânia não é apenas incapaz de ofensivas, mas está, de fato, perdendo a batalha ao longo de toda a zona de combate", ressaltou.
Neste contexto, o analista destacou que Zelensky quer continuar iludindo as lideranças dos países ocidentais sobre seu suposto sucesso no front.
Isso é a razão pela qual o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia é contrário à visita de jornalistas ucranianos e ocidentais aos bolsões onde as tropas ucranianas estão cercadas, mesmo após o convite feito pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Além disso, o especialista acrescentou ainda que ninguém, nem mesmo a equipe dos presidentes dos Estados Unidos, esconde o fato de que a Ucrânia é um estado corrupto, e que os recursos enviados não são distribuídos de maneira justa, mas acabam parando nas mãos de terceiros.
Segundo Koshkin, não há dúvida de que o próprio Zelensky é bilionário, que está comprando terras, bancos e só na Noruega, por exemplo, descobriram, segundo parece, quase um bilhão de dólares em contas vinculadas a seu nome.
Outro interlocutor da agência, Nikolai Kostikin, especialista do Bureau de Análise Político-Militar, apontou que se os jornalistas estrangeiros conseguirem entrevistar representantes do inimigo bloqueado pelo Exército russo, a opinião pública ocidental poderia ouvir o que a liderança ucraniana prefere que não seja divulgado, inclusive sobre a eficácia do uso dos recursos na guerra.
Além disso, o analista explicou a razão pela qual os próprios jornalistas ocidentais podem se recusar a vir a Krasnoarmeisk.
"Jornalistas são soldados da linha de frente da informação. Neste caso, aceitando o convite de Moscou, eles correm o risco de receber em sua terra natal o selo de simpatia da Rússia", enfatizou.
Dessa forma, destacou ele, a Rússia já tomou o controle da agenda informativa do Ocidente ao convidar os jornalistas.
Por fim, ele concluiu que Kiev está sob pressão para forçar a paz, e uma situação desta natureza constitui uma forma de grande impacto.
Nesta quinta-feira (30), o Ministério da Defesa russo informou que recebeu ordens do presidente russo, Vladimir Putin, para garantir a passagem de jornalistas estrangeiros, incluindo a mídia ucraniana, para visitar as áreas em Krasnoarmeisk, Dimitrov e Kupyansk, onde tropas das Forças Armadas da Ucrânia estão bloqueadas.
Moscou também declarou que está pronto para suspender as hostilidades nessas áreas por um período de cinco a seis horas, garantindo corredores de entrada e saída sem obstáculos para a imprensa.
No entanto, Kiev proibiu o acesso da imprensa às tropas cercadas nas áreas de combate mencionadas.